Governo do Rio participa da criação do comitê nacional organizador da Rio+20

Da Agência Rio

O Governador do Rio, Sérgio Cabral, participou nesta terça-feira (7), em Brasília, da criação da Comissão Nacional e do Comitê Nacional de Organização da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), conferência que será realizada no Rio de Janeiro entre os dias 4 e 6 de junho de 2012. A cerimônia realizada no Palácio do Planalto contou com a presença do vice-governador e secretário de Obras, Luiz Fernando Pezão, e do secretário de Estado e ex-ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. Na ocasião, a presidenta Dilma Rousseff assinou decreto que institui a Comissão e o Comitê e que inclui também a elaboração de uma Assessoria Extraordinária, no âmbito do Ministério do Meio Ambiente, para a realização da conferência no ano que vem. No evento, o governador Sérgio Cabral falou sobre a importância da Rio+20 para o Brasil, para o Rio e para o mundo. Ele destacou o bom momento econômico por que passa o estado e agradeceu o empenho de Dilma Rousseff para garantir a realização da conferência, considerada por Cabral "de impacto planetário". "O Rio de Janeiro se sente muito honrado em acolher, 20 anos depois da Rio 92, este evento de grande magnitude, e o acolhe em um momento extraordinário para o Brasil e para o Rio de Janeiro. Fizemos um calendário muito positivo no estado, a começar, no próximo mês, com os Jogos Mundiais Militares. Teremos também a Copa das Confederações, a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, mas, sem duvida nenhuma, a Rio+20 é um evento de impacto planetário. Aconteceram mudanças significativas nos últimos 20 anos, mudanças que fizeram o Brasil e o mundo evoluírem muito, sobretudo o Brasil, onde a política de inclusão do país permitiu que milhões de brasileiros tivessem acessos a bens", disse o governador. A política de desenvolvimento sustentável proposta pelo governo federal também foi destacada pelo governador. "Sem dúvida a presidenta Dilma não poderia ser a pessoa mais indicada para este momento, por sua larga experiência no setor energético, pela coordenação no governo Lula e por seu compromisso com o movimento sustentável e ambientalmente correto. Tudo isso, em um estado que tem sua Mata Atlântica no percentual mais preservado do Brasil. Estamos prontos para receber o planeta na Rio+20 ", afirmou Cabral. Para Dilma, Brasil tem missão histórica. A Rio+20 vai avaliar o progresso alcançado e as lacunas do desenvolvimento sustentável para o enfrentamento de novos desafios. Os temas centrais da conferência serão a economia verde e a erradicação da pobreza, no contexto do desenvolvimento sustentável. Para a presidenta Dilma Rousseff, o caminho trilhado deve ser o do desenvolvimento econômico, da inclusão social e do aspecto ambiental. Ela afirmou seu compromisso com a sustentabilidade e com a realização do evento internacional no Rio. "Este é um início formal, porque na prática já estamos agindo para a Rio+20. É importante que a gente faça uma pequena reflexão. Sem sombra de dúvidas, o mundo e o Brasil mudaram nestes últimos 20 anos, e o tema desta conferência tem hoje muito a ver com a nossa trajetória neste período, sobretudo pelo fato de que o conceito de desenvolvimento sustentável se baseia na integração do crescimento econômico, da inclusão social e do aspecto ambiental. Entre os nossos êxitos, gostaria de destacar o fato de que nossa condição de potência produtora de alimentos convive com a nossa condição de potência ambiental e, com o fato de sermos uma das nações campeãs no uso de fontes renováveis de energia. O Brasil, por tudo isso, tem uma missão histórica que a de exercer sistematicamente a sustentabilidade", destacou Dilma. A cerimônia desta terça-feira também celebra, segundo a ministra do Meio Ambiente, Isabella Teixeira, a Semana Internacional do Ambiente, que começou na última sexta-feira no Rio de Janeiro. Para ela, a conferência que acontece no ano que vem se dá em um contexto muito diferente do da Rio-92. "Estamos em um mundo globalizado, de internet, de redes sociais, de uma organização geopolítica diferenciada, com uma liderança importante do Brasil não só na área econômica, mais no setor social. E neste contexto o Brasil mudou e os desafios são dados e estão marcados pela agenda da sustentabilidade, da modernização dos arranjos políticos e ambientais tanto no âmbito público como no privado. Meio ambiente não é mais um tema secundário e periférico aos processos de tomada de decisão que orientam o crescimento econômico e o desenvolvimento social. Onde estamos? Onde precisamos estar? E como nos desenvolveremos daqui para lá será a reflexão", garantiu. Também participaram da solenidade o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e o subsecretário geral do Departamento Econômico e Social da ONU e coordenador do Rio+20, o chinês Sha Zukang.