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quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Sociedade Transitória

Aurênio Nascimento


Ao longo das últimas décadas o mundo cada vez mais tecnológico e superindustrial tem provocado mudanças comportamentais significativas e influenciado o indivíduo na sua forma de se relacionar com as coisas, com as pessoas e com o meio ambiente. A globalização, a internet, o consumismo desenfreado, as crises internacionais e a mídia em geral, são exemplos claros de uma Nova Era que estamos atravessando sem muitas vezes percebermos o quando nossas vidas sofrem estas influências. É a Era da Transitoriedade. Para melhor entendermos e enfrentarmos estas mudanças basta fazermos um teste de memória sobre nosso passado recente. Nos últimos dez anos, quantas vezes você trocou de emprego, de endereço, de carro, de namorada(o) ou esposa(o)? E por aí vai.
O resultado é surpreendente. Isto demonstra o quanto temos mantido relações cada vez mais passageiras com as coisas, os lugares e as pessoas. É uma mudança tão poderosa que altera nossos valores e nosso modo de nos relacionar com a família, nossos vizinhos e muda até mesmo os padrões de amizade e amor. Não podemos evitar e nem mesmo frear o ciclo evolutivo da sociedade. Até mesmo porque a evolução também traz inúmeros benefícios. Mas nos conscientizar-mos destas transformações é importante para estabelecermos parâmetros e a partir daí aprendermos a nos relacionar socialmente sem sofrer grandes impactos, ao mesmo tempo que ajuda a diminuir o choque que as mudanças provocam em nossas vidas.
Este é o primeiro passo para lutarmos por uma sociedade mais harmônica e alcançarmos mais equilíbrio e uma maior qualidade de vida. Nós sempre aprendemos que o passado serve de referência para nortear nossas ações no presente. No entanto, por que não adotarmos uma nova postura enxergando o futuro de modo claro e coerente para termos uma maior compreensão do presente e nos adaptarmos as diferentes mudanças que diversos setores da sociedade atravessa? Neste espaço que passaremos a dividir semanalmente, não temos a pretensão de apresentarmos respostas ou soluções à cerca deste tema, mas sim trazer à tona o debate e a reflexão para enfrentarmos estas mudanças, e cada um, ao seu modo, encontrar suas próprias respostas para melhor se relacionar com o seu meio ambiente natural e social.